Eu, espero o por-do-sol
Não sei o que me traz o futuro, estou inquieto, inseguro e
receoso.
Sim, admito que sinto receio, por mim, pelos que amo e me
amam.
Sinto dor, tristeza em mim, já vivi, mais do que eu próprio
pensava, tive a oportunidade de ter uma adolescência fabulosa, uma vida de
adulto, compensatória, amigos reais e família que me ama e cuida, tive a
oportunidade de voltar a viver uma espécie de adolescência, descobrir novas
amizades, aprender muitíssimas coisas e sentir o que é estar vivo e cheio de energia novamente.

Não desistirei, mesmo que tenha de abdicar de muitas coisas,
que a dor não me abandone, aproveitarei todas as tréguas, para seguir até onde
puder.
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Ainda que seja difícil o caminho, continuarei a ir ver o mar,
se acaso não puder, terei a memória para o ver e sentir.
Quero esperar o por do sol, tranquilo, junto ao Mar, a sentir
o que sou.
Sou assim, feito de água e sal.
Quando o meu sol se puser, voarei, livre.
Paulo Marrachinho
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