Surpresa
Subi uma rua, dobrei uma esquina
parei,cansado,para recuperar o alento
pensei, depois de tanto subir
tenho o coração a galope.
Respirei fundo, senti o ar da manhã
levantei os olhos ao céu , olhei a estátua em frente
pensei ,quase falando, dá-me forças
que nisto das crenças ,cada um com a sua.
baixei os olhos da estátua de Sousa Martins
e vi um cavalo a galope, assim, de repente
em plena cidade, um cavalo diante do olhar
e sorri, a galope, como estava antes meu coração
que agora bate tranquilo,por respirar melhor ou por obra do santo, que sei eu?
uma questão de segundos, poderia voltar ao meu caminho
sem cansaço algum no corpo.
e se não me acreditam que hei-de eu fazer?
nada,nadinha em absoluto, que a minha verdade dificilmente será a de outro
e o que vejo com meus olhos e sinto em mim
só eu e Deus o podemos saber ,ainda que tente explicar ,nunca teria palavras suficientes ou modo de convencer.
aqui fica a foto do meu cavalo a galope, no meio de pedra de cidade e da cidade de pedra, que perde o coração.
Paulo Marrachinho
De Pedra
De volta ao meu ambiente diário, um dia estupendo de verão e decisão prazenteira, ir refrescar para a praia.
Estupendo, apesar de que ao chegarmos estava o tempo enevoado, parecia impossível, uma vez que perto de casa fazia um dia de sol, sem nuvens há vista.
Quando parecia que afinal não tinha sido boa ideia, aparece o sol e resolvidos a ficar na praia, que afinal estava mais que boa, sentei-me, com a câmara de fotos na mão, sentado na areia com a agua a tocar os pés, não me atrevi de imediato a banhar-me, embora acabasse por o fazer, mais tarde.
Mas para mim, o mais curioso foi ao levantar-me para ir deitar-me na toalha, olhei o céu e pensei que enorme é o mundo, que bonito, e eu aqui , tão pequeno.
Já sabem, essas coisas que pensamos, são verdade, e de vez em quando nos lembramos, ficamos mais sensíveis ou coisa assim, nem sei explicar.
Pois, como dizia, levantei-me e caminhei para a toalha, ao chegar junto desta, olhei para a areia, e ao ajoelhar-me, para me deitar na toalha, ao lado desta estava uma pedra, eu olhei e vi uma figura, uma santa, pode ser, pensei, não, sou eu que estou a ver coisas porque estou sensível com o por do sol e isso, mas o amigo que foi comigo há praia, vinha mesmo atrás de mim, para deitar-se ,também ele, na toalha e disse, olha, essa pedra parece uma santa, como se eu não tivesse reparado.
O curioso , para mim, foi termos os dois visto a mesma coisa, no mesmo momento.
De Pedra.
Fiquei e senti me assim, nessa popular expressão....DE PEDRA...mas de pedra era a santa , que para mim, ainda que não fosse passou a ser.
Flash moment??? talvez sim,,, talvez não.
deixo a foto e digam o que vos parece.
Paulo Marrachinho Soares
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